mercoledì, novembre 24, 2010

Diários de uma leiga - capítulo 1

Queria começar com todas as perguntas ao mesmo tempo:

Porque é que o amor não gosta de mim?
Porque é que as dores de dentes insistem em aparecer?
Porque é que gostava de mudar de vida?
Porque é que os meus sonhos se apresentam sempre em forma de pesadelo?
Porque é que me lembro deles sempre que acordo? E dele sempre que adormeço?
Porque é que todos os dias me surpreendo com "o espaço de informação inutil" com que ocupo o cérebro?
Porque é que não consigo acabar tudo o que começo?
Porque é que gosto de escrever e sinto que não tenho o minimo jeito para o fazer e me acho simultâneamente a pessoa mais desinteressante do mundo?

Agora tudo misturados...

Porque é que surpreendo com "o espaço de informação inútil" sonhos se apresentam é que gosto de escrever o amor não gosta de mim mudar de vida que não tenho o mínimo jeito tudo o que começo desinteressante do mundo?

É assim que as perguntas misturadas e segmentadas por cortes e silêncios, confusas e misturadas, se apresentam ao meu ser arrancando-lhe lágrimas de tristeza, incompreensão e raiva.

Respostas, "estão dentro de nós", dizem as vozes inocentes dos amigos que com abraços e doçura na voz, nos acalmam.

Estão. É verdade, mas é bem mais fácil falar comigo quando leio aquilo que penso e percebo que o que penso tem de ser reorganizado no papel para ler e voltar a pensar. Só assim se organizam ideias, só assim se organizam cabeças. De outra forma, misturo perguntas, crio o caos (sempre tão necessário) para desconstruir tudo o que sou - aquilo que penso.

Confuso? Talvez...ainda não cheguei à organização.

Queria começar por responder à primeira pergunta mas se calhar devesse responder primeiro à última.

Eu, eu, eu que parvoíce!
Por isso é que não escrevo nada de jeito.. uma Greve Geral lá fora e eu a pensar nas minhas "comezinhas" dores de dentes... Problemas de hoje desde há um ano para cá.

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