lunedì, novembre 26, 2007

WC?!

Às vezes questiono-me porque deixo sempre a roupa espalhada,
ou porque olho para as plantas com o intuito de as regar e depois nunca o faço,
ou porque é que adoptei o secador do cabelo como aquecedor pessoal...???
Sou tão normal como todos os outros normais incógnitos que andam de transportes públicos como eu e que passam despercebidos como eu.
Fazer estes pequenos apontamentos pode até nem parecer normal mas passam despercebidos..e o que é ser normal?
Para mim estas perguntas são um acto higiénico, tão fundamental como outro qualquer. Perguntas que sujam o papel de letras e libertam espaço á mente para dar aso a perguntas mais ineteressantes...

O que é que eu vou vestir amanhã???

Ok, estou com uma dearreia mental...
Ao contrário de muitos, eu até gosto de me sentir inculta perto de alguém.
Apenas significa que escolhi a pessoa certa para conversar...

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Um dia "alguém" vai ler o que escrevo...
Hoje é o dia!

sabato, novembre 24, 2007

bonjour tristesse

Hoje riu-me e penso que tanta sensibilidade faz do meu coração um regador de sangue sobre os olhos ociosos que me viram ontem chorar..

Não há metáforas para explicar que existe algo pior do que uma desilusão amorosa.
Existe, eu sei que existe. Eu vi que existe, eu ouvi que existe, eu cheirei que existe, eu provei que existe, eu senti que existe...
É uma existencia tão real e afastada da leveza do sonho, que transmite força á queda, dureza ao chão e um forte empurrão nas costa que nos faz cair de frente.
A desilusão amorosa é o despertador que me arranca do mundo dos sonhos.
Permite-me escrever, gritar, chorar, sofrer durante dias e adormecer em sonhos mais profundos de onde o despertar é sempre mais demorado e custoso.
Permite-me saltar de palavra em palavra à procura de explicações... falar mais dela do que da paixão enquanto durou.

E a amizade?
Ando a reescrever o conceito de amizade na minha história e ainda não descobri as palavras certas para o inicio.
Chega a ser algo mais complexo do que o próprio amor...
Conheço algumas palavras ainda sem contexto que já estão direccionadas para o meio da história mas nenhuma que explique o começo e o final...
Na amizade não existem promessas de eternidade, não existem provas de valor, não exitem dois niveis de compreensão... a amizade acontece.
É a base da tarte do recheio que é a nossa vida.
Quando tropeçamos no amor, caimos no odio, na tristeza, na desilusão e na certeza que um dia voltaremos a consumir a mesma droga que nos faz rir.
Mas se a queda for provocada pela amizade, nem chão existe para nos acordar à força porque não existia sonho. É uma queda no sem fundo.
A queda é a indignação, o abismo é a morte.
Sem rancor ficam os fantasmas; Com rancor teria de fazer sepulturas.
Prefiro conviver com fantasmas, com zombies, que estão mas não são, do que viver num cemitério.

Ontem não caí... subi a um muro bem alto para o abismo ser maior..

Vou voltar a adormecer, e voltar aos sonhos que me deixam doente, que me drogam que me sofocam de incerteza mas onde por momentos me conseguem fazer rir.

Até amanha tristeza, vou voltar a dormir.

mercoledì, novembre 21, 2007

Made in China

Ando a precisar de fazer uma limpeza e uma desfragmentação ao meu disco rígido. Não sei onde andam as settings e só tenho pena de não ter nascido com um botão de reset (embora a minha mãe diga que o do volume faria mais falta).
Na era da robótica, da ciência exacta e das explicações ciêntificas, em que tudo se formata, tudo se desconstroi, tudo tem um “arranjinho”..como é que o cérebro humano ainda não tem uma entrada USB para ligar um cabo ao coração?
Coisas essenciais e que faziam tanta falta, continuam desconexas, trazem bloqueios ao sistema… isto ‘tá cada vez mais lento e nem CD para voltar a formatar existe...
Raios...se calhar é mesmo importante entregar-me de vez a isto a que chamam informática e parar de tentar dar explicações incoerentes para todo o meu ser orgânico que nem manual de instruções trouxe...
Começo a desconfiar que a culpa de tanta imperfeição é da cegonha que em vez de vir de França veio da China.

lunedì, novembre 19, 2007

E nasceu mais uma excêntrica!

Baseada no conceito de riqueza do Berardo, ouvi ontem uma boa justificação para a surdez..

“Se fosse pobre era surda mas sendo “rica” sou excêntrica.” (rica de espírito!)
Isto dá vontade de rir quando contextualizar a expressão:
O tema de conversa ontem ao jantar era a desgraça vertiginosa em que se transformou a programação da nossa televisão.
No entanto, referi a meio da conversa uma série que adoro ver ao domingo á noite "Conta-me como foi" na rtp1.
Para quem não conhece é uma série de época que nos transporta para a realidade dos anos 60 em Portugal. Mais precisamente num bairro lisboeta através de uma típica família que vive naquela época e a sua vivência no bairro, retratando também o país naqueles tempos.
Quando falava desta série, alguém que está a ficar surdo disse-me que achava interessante a ideia subjacente à série mas nunca consegui ver um episodio até ao fim... ainda suspeitei da qualidade dos actores, dos textos ou até mesmo da veracidade histórica...mas a explicação para tal desprezo foi muito mais subtil..
"Não me percebes..eu estou habituada ás séries da cabo...são todas em inglês, eu só ouço inglês..quando me ponho a ver séries portuguesas não os percebo..."
A risota foi geral...as lágrimas a saltar como os desenhos animados..o bater convulsivo com a mão na mesa e a associação imediata aos gato fedorentos e ao Berardo...
Mas a pessoa em questão insiste...
"Eu não sou surda...simplesmente estou habituada a determinada frequência de som emitidas pelos ingleses, bem como á leitura de legendas... quando tento ver uma série em português, não os percebo..."

É a senhora Berado lá de casa...na verdade não é surda, é excêntrica!

martedì, novembre 13, 2007

Paixão

As bochechas são o alvo da cor, nos joelhos desaparece a gravidade e o inverno chegou á barria…

Platonismo.
...

Desilusão.

mercoledì, novembre 07, 2007

metáforas

Depois de um texto tão longo...e de um desabafo tão prelongado...só restou a ultima frase...

Um dia apaixonei-me e nesse dia aprendi a escrever metáforas.