sabato, giugno 10, 2006

silêncio

Sento-me naquela esplanada, estava ansiosa.
Talvez um café para passar o tempo...
Uma conversa a quatro bastante agradável,
Mas,
Rodeada de livros silenciosos, não ouvia a conversa.
Sentia apenas as vibrações da minha voz muda a ecoarem no vazio do meu estômago, agora forrado de café, que fazia aumentar a ansiedade e a vontade de me levantar e ir conhecer aquele lugar á sombra.
A distancia diminuiu e eu agarrei na minha nova aquisição, comecei a desfolha-lo.
Entrei na conversa sem conseguir articular palavras coerentes para formar uma frase.
Olhei para a sombra e a distancia já tinha aumentado.
O ar dissipou-se (ultimamente tem sido frequente),
Deixei novamente de ouvir a conversa e voltei á companhia das silenciosas e inúmeras páginas de sabedoria que me rodeavam.
Quando olho para a sombra, o tempo esgota-se mas, regresso á realidade porque são quase oito horas e o jantar tem de ir para o forno.
No entanto,
Aqueles dois segundos mágicos, em que pensamos á velocidade da luz antes de entrarmos de novo na consistência e angustia do passar do tempo (como as ultimas vezes que mastigamos uma pastilha antes de a tirar da boca), pareceram-me uma eternidade.
Naqueles dois segundos, em que estava no limbo do silêncio dos livros e no barulho de fundo que já começava a incomodar,
Apenas pensei: ali está uma utopia (sorri). Como é bom ser apenas uma utopia (!) Permite-me estes rasgos de sonho, estas escapadelas da realidade.
Levanto-me de rompante daquela cadeira verde que me prendeu durante alguns largos minutos e viro costas ao sonho.
Olho uma última vez para aquela sombra fora da minha realidade,
Subo a relva com certeza nos meus passos e sou Feliz!

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