Agora não foi a hora,
ontem não foi o dia,
amanhã será futuro.
Estas horas separam-se do tempo, o tempo de um olhar que reflecte horas de cumplicidade e as horas de cumplicidade são intervalos no natural decorrer do tempo.
Esse olhar lê-me a alma, esse olhar penetra-me com a força de uma arma abrasiva que como uma doença crónica me corrói.
Ontem não foi o dia,
agora não é a hora (mas e o tempo?).
Só agora, na hora da escrita percebo que foi mais um dia e não foi o dia...
a contagem de tempo começou...
tic tac tic tac tic tac...
Os compassos descoordenados do coração, correm à frente dos segundos.
O ponteiro atrasa-se sempre, tenho que esperar que me ultrapasse para este compasso abrandar.
São mil ritmos à minha volta, o barulho do relógio, os meus passos apressados, o som do meu coração. A confusão instala-se, o barulho é infernal.
Olho-te...! Imploro-te calma, imploro-te ar, imploro-te tempo.
Mas tudo se desmorona.
O ar dissipa-se e o coração acelera.
O teu silêncio penetrante rebenta-me os tímpanos, já não me consigo ouvir.
Onde estás tu razão?
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