lunedì, novembre 19, 2007

E nasceu mais uma excêntrica!

Baseada no conceito de riqueza do Berardo, ouvi ontem uma boa justificação para a surdez..

“Se fosse pobre era surda mas sendo “rica” sou excêntrica.” (rica de espírito!)
Isto dá vontade de rir quando contextualizar a expressão:
O tema de conversa ontem ao jantar era a desgraça vertiginosa em que se transformou a programação da nossa televisão.
No entanto, referi a meio da conversa uma série que adoro ver ao domingo á noite "Conta-me como foi" na rtp1.
Para quem não conhece é uma série de época que nos transporta para a realidade dos anos 60 em Portugal. Mais precisamente num bairro lisboeta através de uma típica família que vive naquela época e a sua vivência no bairro, retratando também o país naqueles tempos.
Quando falava desta série, alguém que está a ficar surdo disse-me que achava interessante a ideia subjacente à série mas nunca consegui ver um episodio até ao fim... ainda suspeitei da qualidade dos actores, dos textos ou até mesmo da veracidade histórica...mas a explicação para tal desprezo foi muito mais subtil..
"Não me percebes..eu estou habituada ás séries da cabo...são todas em inglês, eu só ouço inglês..quando me ponho a ver séries portuguesas não os percebo..."
A risota foi geral...as lágrimas a saltar como os desenhos animados..o bater convulsivo com a mão na mesa e a associação imediata aos gato fedorentos e ao Berardo...
Mas a pessoa em questão insiste...
"Eu não sou surda...simplesmente estou habituada a determinada frequência de som emitidas pelos ingleses, bem como á leitura de legendas... quando tento ver uma série em português, não os percebo..."

É a senhora Berado lá de casa...na verdade não é surda, é excêntrica!

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