domenica, marzo 11, 2007

Suplicas de negação

Suplico suplico suplico suplico...
Quando antes o ar era medo no escuro do meu quarto,
agora o ar é o conforto dos teus braços... faz adormecer-me e sonhar que eles estavam a abraçar-me antes de adormecer.
Já não tenho medo. Medo de quê?!
De no escuro não encontrar o que perdi?
Procuro antes na manta de retalhos da noite, o conforto das memorias que me tapam e aconchegam. De manhã, rompem os cavalos brancos a galope pelos vidros da janela do meu antigo quarto escuro. Trazem o dia e a luz fria de Inverno, fazem seus menssageiros desmontar e entregar a meus olhos os teus traços limpidos e crus numa travessa folheada a ouro.
O cenário é ambiguo... escondo-me debaixo de uma manta de retalhos enquanto me pousam no colo a tua travessa de ouro...
Mantenho-me escondida e os cavalos brancos saltam de volta a cerca onde repousava o meu olhar ofuscado.
Através da voz silenciosa da noite chamo baixinho pelo sono e as tuas linhas desenham-se suavemente na penumbra do quarto por entre as minhas pestanas já fechadas e a tua imagem fugidia transporta-me para o calor da escuridão e do nada.
"Less is more" (Que deprimente dizer isto... Interrompe o meu sono com cheiro e voz! Não vivo de imagens!)
Mas se não tornas, então que torne o escuro todas as noites, para aqui no meu quarto sonhar que me abraças.

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